18 de janeiro de 2010

Adivinhe


Eu sou o mais destrutivo. Tenha certeza de que meu poder vai além do imaginável. Sou causador de tantas guerras, mas nem por isso terei minha consciência pesada. Posso surgir de várias formas, mas de que importa? Nunca sabem usar. Sou usado pela adoração divina até o motivo de guerras religiosas.

Todos têm dentro de si eu e meu irmão, este surge das chamas, do mal mais puro, enquanto eu surjo do paraíso. Dou prazer, mas quando não é retribuído, meu irmão toma a posse. Podemos habitar o mesmo lugar, porém não em total sintonia, ou sou eu ou ele no comando. Jamais os dois.

Eu não o culpo por ser assim, sou cego como ele. Não temos o controle, este infelizmente é nosso inimigo. Dentro de uma armadura há sempre um tecido fraco. Somos a armadura de quem nos recebe, onde dentro há um coração vulnerável. Tecido podre que nem deveria existir, este músculo involuntário e irracional! Obviamente, quem nos tem como hospedeiro, resulta na autodestruição. Nós podemos matar, não é à toa que existam tantos rastros nossos.

O mundo inteiro me ama e o mesmo me teme. Porém, deixo me temerem quando necessário. Tenho uma máscara indestrutível. Essa é a desvantagem do meu irmão, todos o temem sem ao menos ele planejar. Isso se deve por ser ele não ter uma máscara, é totalmente sincero e age com a razão de um psicopata. Ele nunca pode fingir perfeitamente como eu, por isso raras vezes tenta. Posso ser amado quando eu bem entender, logo sou o mais experiente.

Apesar de me acharem o mais lindo, será difícil me encontrar puro, totalmente bom. Estou sempre cheio de manchas, danificado. Eu tenho a capacidade de me regenerar fácil, mas as cicatrizes costumam ficar. Como eu disse, causo prazer, e mais um detalhe: sei e adoro destruir!

Temos a honra de nos apresentar para vocês: Sou o Amor e meu irmão o Ódio!

17 de janeiro de 2010 – Isabelle Soares Souza de Assis

Um comentário:

Anônimo disse...

Tens toda razão, senti falta de você por aqui, muita falta!